domingo, 31 de maio de 2015

Pedras e Rochas.

Pedras, rochas, pedreiras, minas, ouro, diamante, arsenico e mais pedras.

Do topo da pedra, ao fundo a direita Old Town.

O povoamento surgiu pelo interesse dos minerais locais. Os blocos de rochas brotam pela cidade, no lugar de grama, pedras.

Mesas de piquenique ao lado do QG da Policia Montada.

As pedras funcionam como um jardim.

Jardim do predio The Point, Centro.

Fazem uma bela base para a arte local.

Monumento do povos, Old Town.

Servem de moldura para nossas fotos.


Base solida para as residências.

 Uma casa, Old Town.
Outra casa, Lathan Island.

As mesmas pedras que trouxeram o ouro, hoje ajudam a guardar o arsenico residual.
 Estruturas no fundo, Giant Mine, maior concentração de resíduo de arsênico do mundo.

Mas seu melhor papel é servir de maravilhoso comparativo entre os reinos mineral, vegetal e animal.
Do alto da minha pedra favorita, vista do Grand Slave Lake.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Paisagens horizontais - do paralelo 30 S ao 60 N







Yellowknife, Territórios do Norte, Canadá.




Banhado do Taim - Pampa litorâneo, Rio Grande do Sul, Brasil

As horizontalidades da paisagem e a característica de frio "extremo" unem estes dois pontos geográficos. Fã da música de Vitor Ramil, Jorge Drexler e dos demais músicos que promovem a estética do frio, foi difícil não comparar o pampa do meu coração, com este lugar. Não que tenhamos aqui as planícies típicas do pampa, mas o céu fincado no chão me "joga" de volta ao sul do paralelo 30. Para consolar,  algumas colinas no horizonte e cuias para vender na farmácia.  A estética do frio daqui, entretanto, difere muito pois o frio é extremo. Impõe atitudes extremas pela simples sobrevivência.

Hoje completa-se três meses que aqui baixei minha âncora, até encontrar outros ventos. Uma proposta de trabalho me trouxe para o norte gelado, terra da aurora boreal, do caribou (quase uma rena), dos povos aborígenes: metis, denes e inuits.
Yellowknife, que literalmente significa faca amarela, é uma pequena cidade, cerca de 20 mil habitantes, capital deste território, rico em recursos naturais, em cultura aborígene e em diversidade cultural. Aqui habitam filipinos, latinos (mexicanos, cubanos), chineses, canadenses da costa leste e quatro brasileiros (pela minha última contabilidade).  



Um dos muitos pôr de sóis que tenho presenciado. 

Nos primeiros tempos o frio, este amigo invisível, cortava as carnes, temperatura em menos 20, sensação de menos 35. Muito gelo, pouca neve, poucas árvores, em uma área que depois descobri ser uma das mais áridas do Canadá.


Beira do Grand Slave Lake em março.


Beira do Grand Slave Lake em Maio.

Por sorte a Terra ainda nos brinda com sua rotação e as estações,  trazendo calor e a fluidez das águas. O lago  nos convida a um mergulho impossível neste momento devido à sua temperatura, ainda promovedora de hipotermia.

A aurora boreal nos brinda com espetáculos noturnos inesperados, ainda não presenciei muitas, mas o outono volta trazendo estas luzes iluminando o céu gelado das noites do norte. Noites estas a cada dia mais curtas, em pouco mais de um mês teremos o sol da meia noite.

Yellowknife, 18 de maio, 00:01.